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A psicanálise

Sobre a psicanálise. Para que serve a psicanálise? Quanto tempo dura uma análise? Quando custa fazer psicanálise?

A procura por um psicanalista pode se dar por razões diversas.

Às vezes sem uma queixa localizada, mas com um certo mal-estar relativamente difuso, ou com uma suspeita de que "algo não vai bem" na vida. Outras vezes, o sofrimento aparece de forma mais nítida, manifestando-se através de impasses variados, repetições embaraçosas, dúvidas impeditivas, sentimentos incapacitantes, pensamentos ou comportamentos que podem de fato tornar o cotidiano muito difícil, quando não "impossível".

A psicanálise oferece a chance para que essas dores encontrem palavras, de acordo com a singularidade e a complexidade de cada um. Muitas vezes algumas questões cruciais nunca foram ao menos colocadas.

O trabalho analítico se interessa por todos os aspectos e manifestações que uma subjetividade pode testemunhar, uma vez que se trata de compreender uma organização psíquica característica e única, isto é, a maneira como um sujeito se constituiu psiquicamente, com suas escolhas, suas preferências, suas satisfações e suas recusas. Dessa maneira, o que é analisada é sua forma singular de se colocar no mundo, em face da alteridade, segundo condições e obstáculos encontrados no plano do desejo e das contingências de sua história de vida.

A ética da psicanálise diz respeito, portanto, à possibilidade de se responsabilizar por um desejo singular, pelas consequências de se ter dito aquilo que diferencia uma vida e suas maneiras de existir. Apesar da contradição subjetiva que marca a entrada numa análise — os impasses e os sofrimentos em contraste às vontades e esperanças do paciente —, após a experiência de surpresa e reavaliação que o encontro com o inconsciente impõe, outras formas de estar no mundo podem ser consideradas e mesmo adotadas.

Para isso, o paciente é convidado a dizer tudo que passa pela cabeça, mesmo que lhe pareça estranho, desconfortável, sem importância ou absurdo.

Contrariamente à opinião popular, a psicanálise não se ocupa exclusivamente do passado: interessa-lhe tanto quanto o presente e o futuro, isto é, a maneira como o sofrimento se atualiza e atesta seu funcionamento geral e a maneira como ele determina escolhas ou pode entrar em conflito com outras vias subjetivas que acenam sua emergência.

O analista, ao assumir sua função, permite que esse trabalho se realize, não "analisando" o paciente, fornecendo-lhe interpretações externas, mas, ao contrário, escutando-o, oferecendo as condições para que ele mesmo se analise e tome suas decisões.

Finalmente, uma análise pode se dar nas mais variadas frequências, sendo via de regra fundamental que a regularidade seja mantida. Sua duração pode ser de algumas sessões, alguns meses ou, geralmente, alguns anos, dependendo do engajamento e dos propósitos de cada um. Quanto ao custo, conforme a ética da singularidade e da diferença que orienta a psicanálise, também não há nenhuma precificação pré-definida ou fixada.

Algumas adversidades comumente abordadas em psicanálise, psicologia e psiquiatria nos dias de hoje, em seus termos mais corriqueiros. No entanto é necessário lembrar que cada paciente sempre é tomado em sua complexidade singular:

  • Adições, vícios, dependências (jogo, internet, sexo, compras etc.)

  • Agressividade, impulsividade, explosividade

  • Alcoolismo, toxicomania

  • Angústia, ansiedade

  • Anorexia, bulimia, transtornos alimentares

  • Conflitos familiares

  • Déficits de atenção, hiperatividade (TDAH etc.)

  • Depressão, apatia, transtorno bipolar

  • Dificuldades escolares/acadêmicas

  • Distúrbios do sono

  • Distúrbios psicossomáticos

  • Dores corporais crônicas, fibromialgia, fadiga crônica

  • Estados-limite (borderline)

  • Estresse pós-traumático

  • Hipocondria

  • Ideações suicidas

  • Lutos penosos ou patológicos

  • Neuroses (fobia, histeria, neurose obsessiva, TOC etc.)

  • Problemas conjugais

  • Psicoses (esquizofrenia, paranoia, transtorno maníaco-depressivo etc.)

  • Questões ligadas à parentalidade

  • Transtornos narcísicos, questões de autoestima

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